Igreja e Estado - Parte I

Votar, esta é nossa tarefa para semana que vem. Temos como princípio da denominação evangélica a qual pertenço, que é a Convenção Batista Brasileira, entender que existe a separação entre Igreja e Estado. Isto vem desde o dia que nos organizamos como Igreja não em Primavera do Leste, mas no mundo. Lembrando que existimos no mundo desde 1612 na Inglaterra. Este princípio nasce deste tempo. E vivemos nele até nossos dias, o que nos tem dado muita tranquilidade em relação ao nosso trabalho.

Ao pontuar que existem separação entre a nossa Igreja e o Estado, não quero dizer, que não temos que cumprir com os nossos deveres de cidadão. Este princípio durante muitos anos foi interpretado de forma errada, de uma certa maneira despolitizando pessoas. E tirando todo e qualquer interesse que podemos ter pela política em nossa país. E sendo assim deixando de lado a nossa tarefa principal como Igreja em relação ao Estado.

A nossa separação diz respeito ao manter a Igreja, ou seja, não recebemos nenhuma doação da parte do Estado, e o Estado não interfere na nossa maneira de pregar ou cultuar ao nosso Deus.

Mas ser um agente de transformação da sociedade isto é nossa parte. Ao entendermos de forma errada deixamos de lado muitas coisas que poderíamos fazer como Igreja. Cito algumas delas:

1.    Intercessão – ao longo da narrativa Bíblica vemos profetas e homens de Deus orando pelos seus líderes políticos. Prostrando-se de joelhos para que Deus o ajude a manter a justiça e o bem estar das pessoas. Esta é nossa tarefa principal! Quantas vezes apenas reclamamos da crise que estamos atravessando, mas quantas vezes esta semana separou um tempo para orar, e pedir que Deus em seu poder e infinita misericórdia nos dê um governo justo. A nossa falta de esperança em dias melhores para a política em nosso pais, está muito ligada a nossa fé em um Deus que é capaz de mudar o coração do rei. Precisamos não mantermos em oração na semana de eleições mas em todo tempo! Esta foi a recomendação de Paulo ao jovem pastor Timóteo e a Igreja que ele pastoreava “...recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.” I Timóteo 2:1,2

Continua...

Liderança Cristã

Pensar sobre liderança é um grande desafio para mim. Há alguns anos atrás percebi minha dificuldade em termos de liderança. Reconheço tranquilamente que este não é o dom que Deus me concedeu. O que Ele me concedeu é algo que gosto muito de fazer que é ensinar a sua Palavra, ou dar as pessoas a esperança de que Deus está sempre pronto a nos ajudar. Mas como pastor exerço a função de liderança na Igreja. E confesso que entrei em crise...rs, mas pela graça de Deus encontrei um livro que ajudou-me muito. Este livro foi escrito pelo Josué Campanhã, com o titulo: Planejamento Estratégico. Através deste homem de Deus que tem ajudado muitos outros "Carlos", pelo mundo, pude desenvolver uma pequena habilidade para liderança, comparados com grandes lideres como Bill Hybels...rs. Estou aprendendo a liderar a cada dia. E creio ser este o desafio da liderança cristã do nosso tempo, abrir e entender que não tem o conhecimento de tudo,  e estar aberto a novos aprendizados.

Existe um plano feito pelas Igrejas com Propósitos que particularmente gosto deste projeto, que é Plano PEACE. Este plano tem como objetivo acabar com os cinco grandes problemas mundiais que são eles: vazio espiritual, fome, enfermidade, analfabetismo e liderança egocêntrica. E quando olho para o contexto gospel e sua liderança percebo como estamos longe do que a Palavra de Deus pediu aos seus lideres. De fato no meio cristão precisamos acabar com a liderança egocêntrica e mesquinha que tem se levantado no nosso meio.

Pela definição de liderança podemos concluir que muitos até estão comprometidos com esta definição "é de fazer um grupo de pessoas cumprir uma tarefa.", mas que mais parece com a sua tarefa ou desejo, do que uma tarefa dada por Deus.

Creio ser um desafio ensinar aos lideres da Igreja, sobre a verdadeira liderança cristã. Hoje temos pessoas que desejam ser o maior de todos, o melhor, vemos pessoas buscando títulos: pastor, presbítero, bispo, apóstolo, arcanjo, pai. Tudo isto com o objetivo de ter alguém que lhe seja submisso as suas ordens e visão. Porque se alguma pessoa não estiver na visão deste líder é jogada fora. Será que como líderes cristãos somos chamados para que as pessoas cumpram com nossa visão? Ou estamos aqui para cumprir a nossa missão?

Eu observo a vida de Jesus, imagine se Jesus estivesse expulsado da sua equipe ministerial os que eram contrários a Ele? Os que no momento em que precisariam deles, o deixariam só? Precisamos aprender com Jesus, que ao receber a missão do Pai, tentou levar muitos ao Caminho e fazer deles pescadores de homens e não cumpridores da minha visão.

Como pastor tenho a preocupação de levar as pessoas que me ouvem a cumprir o ide do Senhor Jesus, pois se tudo o que faço não cumpri esta missão, então a visão não vem de Deus! Deus nos chamou para fazer discípulos, e como líderes precisamos ensinar as pessoas a fazerem novos discípulos! Entendo ser este o trabalho da liderança cristã do nosso tempo.

Não precisamos mais ficar aguardando uma nova revelação do céu, para saber onde levar as pessoas que Deus nos colocou para guiar a vontade Dele. Se Ele já deixou claro antes de partir ao céus. Agora é continuar o trabalho do nosso sumo pastor e grande líder Jesus Cristo, e fazer a sua obra!

Como líder cristão, meu desejo é que apenas cumpra a missão que Deus colocou em suas mãos, não busque novas visões, apenas siga a ordem de Deus!

Na graça e no amor do Senhor!

CASM