quinta-feira, 31 de maio de 2018

Nossa caminhada com Cristo - Parte I


Lembro de uma canção do grupo Semente que dizia: "não te chamei para andar nos meus passos sem avisar de encontrar obstáculos, e quem me seguir, ia envolver negar-se a si e sofrer...". Sim também sou um dinossauro gospel como dizem alguns. Mas a verdade é que andar com Jesus não é uma tarefa fácil para nenhum cristão. E o próprio Jesus disse que não seria, mas não existe nada melhor do que andar com Cristo. 

A vida com Cristo é abundante, é leve, é plena! Creio que se olharmos para a tribulação do tempo presente não conseguiremos enxergar a glória que está preparada para cada um que decidiu andar com Jesus. O problema tem sido sempre a nossa caminhada. Podemos ter uma certeza: chegaremos no céu por meio de Jesus, mas enquanto ainda não estamos lá, como temos caminhado.
Eu olho para a Igreja Cristã e percebo que a maioria das pessoas vivem sobre dois caminhos. O primeiro é que vivem no esforço próprio. O que quero dizer com isso, que são pessoas que procuram meios para manter sua santificação a qualquer custo. E que seu discurso está no patamar das coisas que lhe são proibidas ou permitidas. São pessoas que vivem debaixo da lei, precisam de algo escrito para saber o que fazer diante de Deus. Se não tiver nada que o impeça fazer, logo tomam a decisão que é permitido. Geralmente são os legalistas que vivem assim. São como o irmão mais velho da parábola do filho pródigo, estão em casa, mas não desfruta do que tem, porque espera o reconhecimento de suas ações santas, ou entendem que ainda não merecem qualquer tipo de benção da parte de Deus. Pessoas que ficam indignadas com qualquer ser que na sua concepção seja digno de inferno, se converta, ou receba algo antes dele, que ele tanto esperou.
O segundo grupo de pessoas quero usar o termo "insensíveis", aquelas que não se preocupam com nada, estão na sua caminhada com Cristo, mas não está percebendo as coisas que estão acontecendo no meio do caminho. Vivem a vida com Cristo tentando encontrar sempre um meio de ser abençoada, protegida e amada. Olhar para o próximo não é em hipótese alguma alternativa para estes grupos de pessoas. Estende a mão para ajudar o ferido, o necessitado, trazer respostas para o mundo em que vivemos não e possível. Porque para dar uma resposta as pessoas, é necessário ouvir sua pergunta, e como ouvir se não tenho esta sensibilidade? Procurar compreender a vontade de Deus como disse o Apóstolo Paulo, não faz parte das pessoas que tem um coração insensível. Para estas pessoas Deus virou apenas um ser divino pronto a atender minhas demandas pessoais.
Mas existe outro grupo de pessoas que tem caminhado com Cristo de forma diferente! São pessoas que tem caminhado na graça de Jesus. Quero usar o termo para estas pessoas de "carismáticos". Pessoas que receberam um dom divino por andar com Cristo, e passam a fazer coisas que jamais poderiam imaginar em favor da comunidade e da sua vida. Somente no caminhar com Cristo com esta percepção somos capazes de experimentar plenamente a vida cristã. 
Minha oração é que a sua vida cristã seja caracterizada pelo carisma, graça que recebemos do Senhor para abençoar pessoas e como consequência a nossa também, nos fazendo experimentar a vida plena que o Senhor tem para nós em nossa caminhada com Ele.
Na graça e no amor de Cristo,
CASM

segunda-feira, 30 de abril de 2018

A Comunidade Cristã, uma união de pessoas perdoadoras


Neste tempo de ministério pastoral, sempre que ouço falar sobre como ter uma comunidade verdadeira, o que mais escuto é sobre filosofias ministeriais: igrejas em células, igreja com propósito, rede ministerial, vida total da Igreja, culto sensível aos não cristãos, cultos voltado aos tradicionais, MDA, Igreja Multiplicadora, e poderia ficar aqui falando sobre muitas filosofias ministeriais sobre crescimento de Igreja.
Aprendemos sobre muitas coisas que ajudam no trabalho ministerial e no desenvolvimento de Igreja. No qual o mercado gospel está cheio de alternativas como nunca tivemos antes. Confesso que como pastor, e alguém que gosta muito de olhar para tendências do nosso tempo, li sobre cada uma destas filosofias.
Não quero aqui julgar qual é melhor, até porque o que pode ser bom para mim, não seja bom para você. A filosofia ministerial que deu certo para mim, pode não dar certo para você. Depende de cada realidade onde será implantada esta filosofia. Que com certeza será um contexto diferente de onde estou.
Mas quero falar sobre algo essencial para uma comunidade principalmente quando olho para estes anos que vivi e que muitas vezes é negligenciado. Uma comunidade cristã se faz com pessoas que tem uma disposição de proteger a comunhão da sua Igreja constantemente. Esta tarefa não é nada fácil, porque temos que abrir mão muitas vezes do nosso direito de falar, de ficar irado, de romper com aquele relacionamento, de dar uma lição naquele que tem nos ofendido. Mas creio que nada é melhor para uma comunidade cristã do que viver plenamente a comunhão.
Lembro de um salmo que diz: “oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união...ali o Senhor ordena a vida e a benção para sempre” Salmos 133:1,3. Precisamos aprender a defender a comunhão na Igreja. E ter a disposição de restaurar relacionamentos é essencial.
Esta atitude precisa estar impregnada na mente de cada pessoa. Porque geralmente esperam as coisas acontecerem para tomarmos uma atitude. Uma das coisas que mais me intriga na Igreja, é que sempre remediamos as coisas, nunca conseguimos prevenir. Creio que precisamos começar a prevenir, sermos como pessoas da tribo de Issacar, que sabiam definir muito bem a direção a tomar para o povo de Israel.
Um coração disposto a perdoar só tem a ganhar! Porque ele não guarda rancor com facilidade, não cria muito expectativa em relação ao outro. Também entende que pessoas podem falhar com ele, assim como nós falhamos com outras pessoas.
As pessoas que tem esta disposição de perdoar, sempre tomam a iniciativa para a restauração, não ficam esperando o outro aparecer para restaurar, simplesmente vão e fazem o que precisa ser feito, perdoar.
Comunidades assim têm uma característica divina, porque foi exatamente isso que o Senhor fez com cada um de nós. A palavra no diz que Deus provou o seu amor, quando nós ainda éramos pecadores, Paulo afirmou isso em sua carta aos Romanos 5:8. O profeta Miquéias também mencionou a disposição de Deus em sempre querer nos perdoar “De novo terás compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.” Miquéias 7:19.
Uma comunidade verdadeira se faz com pessoas unidas e o crescimento da Igreja não depende do quanto evangelizamos somente, mas principalmente do quanto as pessoas percebem o quanto nos amamos.
Na graça e no amor de Cristo
CASM


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

De volta a Palavra

Segundo dados do IBGE do ano de 2010, 22,2% da população se declaram evangélicos. Confesso que ainda não consigo dar um “glória a Deus”, por estes dados. Porque que diferença temos feito na sociedade? A não ser, por poder “decidir uma eleição” ou mesmo sermos visto como um mercado próspero, a som livre percebeu isso! Creio que ainda temos muito que fazer para que este dado faça muita diferença na vida das pessoas.
Sou cristão há mais de trinta anos, e percebo que os “cristãos” do nosso tempo, conhecem menos a Bíblia, porque não lêem. Como pastor, percebo a dificuldade que as pessoas têm de encontrar os livros dos profetas menores, quero ressaltar que não eram menores por conta da estatura, porque creio que muitos ainda não sabem como foi feita a ordem da Bíblia que lemos. Para muitos, pensam que esta ordem de livros da Bíblia é cronológica.
Diante disso encontramos uma frase de Jesus “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” Mateus 22:29 (RC). Pessoas são levadas por qualquer vento de doutrina facilmente, como é o caso da Maldição Hereditária, sem conhecimento da Palavra são presas fáceis de lobos que se infiltram no meio da Igreja.
Gosto de uma frase de uma editora evangélica que diz: “paixão pela Palavra”, porque vejo que é isto que está faltando no meio da Igreja Contemporânea. Temos muito entretenimento e poucos momentos de estudo da Palavra. Nossas programações de lazer são mais cheias do que nossa Escola Bíblica Dominical. Que a cada ano que passa fica mais vazia. Não é pelo conteúdo, mas pela falta de interesse de estudo da Palavra.
Com a falta de conhecimento bíblico nas Igrejas, os seminários estão cheios de seminaristas, que concluem o seminário sem ter lido pelo menos 4 vezes a Bíblia durante a sua vida cristã. Estamos formando pastores sem conhecimento da Palavra, que não manejam bem a Palavra da verdade. Isto acaba virando um ciclo: membro sem conhecimento da Palavra, pastores sendo formados sem conhecimento, gerará uma Igreja sem conhecimento.
O que precisamos é aproveitar ainda os ecos dos 500 anos da Reforma Protestantes, que teve como um dos seus pilares: Somente Escritura, e voltarmos para que como denominação éramos conhecidos, como uma Igreja que estuda a Palavra de Deus. Creio que não precisamos de mais filosofias ministeriais, porque o mercado gospel já está bem cheio de tanto material para fazer a Igreja crescer.
O que precisamos é conhecer a Palavra! Púlpitos que utilizem a pregação expositiva da Palavra de Deus. Igrejas que contêm dentro da sua estratégia de discipulado um programa de estudo da Palavra para o novo convertido e continua ensinando o que Jesus disse, ajudando-os a colocar em prática. Foi exatamente isto que Jesus pediu para fazermos “fazer discípulos...ensinando-os a obedecer tudo o que vos tenho mandado” Mateus 28:19,20.
Estamos fazendo muitas coisas em nossos dias, menos o que Jesus pediu. O discipulado cristão gera vidas transformadas. Estas vidas são transformadas pela Palavra de Deus, foi isso que Jesus disse “santifica-os na verdade, a Tua palavra é a verdade” João 17:17. Como podemos ter a nossa vida transformada sem conhecer a Bíblia? É por meio dela que somos santificados!
Por isso precisamos voltar ao foco da nossa missão de ser Igreja, cumprindo assim a nossa grande comissão. Desta forma conseguiremos realmente fazer a diferença neste país e no mundo, porque temos pessoas sendo transformadas pela Palavra de Deus!

Púlpito que inspiram

Há um tempo assisti um vídeo que tem se tornado muito comum no meio da Igreja Brasileira nos últimos tempos, e que pode ser visto novamen...