segunda-feira, 30 de abril de 2018

A Comunidade Cristã, uma união de pessoas perdoadoras


Neste tempo de ministério pastoral, sempre que ouço falar sobre como ter uma comunidade verdadeira, o que mais escuto é sobre filosofias ministeriais: igrejas em células, igreja com propósito, rede ministerial, vida total da Igreja, culto sensível aos não cristãos, cultos voltado aos tradicionais, MDA, Igreja Multiplicadora, e poderia ficar aqui falando sobre muitas filosofias ministeriais sobre crescimento de Igreja.
Aprendemos sobre muitas coisas que ajudam no trabalho ministerial e no desenvolvimento de Igreja. No qual o mercado gospel está cheio de alternativas como nunca tivemos antes. Confesso que como pastor, e alguém que gosta muito de olhar para tendências do nosso tempo, li sobre cada uma destas filosofias.
Não quero aqui julgar qual é melhor, até porque o que pode ser bom para mim, não seja bom para você. A filosofia ministerial que deu certo para mim, pode não dar certo para você. Depende de cada realidade onde será implantada esta filosofia. Que com certeza será um contexto diferente de onde estou.
Mas quero falar sobre algo essencial para uma comunidade principalmente quando olho para estes anos que vivi e que muitas vezes é negligenciado. Uma comunidade cristã se faz com pessoas que tem uma disposição de proteger a comunhão da sua Igreja constantemente. Esta tarefa não é nada fácil, porque temos que abrir mão muitas vezes do nosso direito de falar, de ficar irado, de romper com aquele relacionamento, de dar uma lição naquele que tem nos ofendido. Mas creio que nada é melhor para uma comunidade cristã do que viver plenamente a comunhão.
Lembro de um salmo que diz: “oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união...ali o Senhor ordena a vida e a benção para sempre” Salmos 133:1,3. Precisamos aprender a defender a comunhão na Igreja. E ter a disposição de restaurar relacionamentos é essencial.
Esta atitude precisa estar impregnada na mente de cada pessoa. Porque geralmente esperam as coisas acontecerem para tomarmos uma atitude. Uma das coisas que mais me intriga na Igreja, é que sempre remediamos as coisas, nunca conseguimos prevenir. Creio que precisamos começar a prevenir, sermos como pessoas da tribo de Issacar, que sabiam definir muito bem a direção a tomar para o povo de Israel.
Um coração disposto a perdoar só tem a ganhar! Porque ele não guarda rancor com facilidade, não cria muito expectativa em relação ao outro. Também entende que pessoas podem falhar com ele, assim como nós falhamos com outras pessoas.
As pessoas que tem esta disposição de perdoar, sempre tomam a iniciativa para a restauração, não ficam esperando o outro aparecer para restaurar, simplesmente vão e fazem o que precisa ser feito, perdoar.
Comunidades assim têm uma característica divina, porque foi exatamente isso que o Senhor fez com cada um de nós. A palavra no diz que Deus provou o seu amor, quando nós ainda éramos pecadores, Paulo afirmou isso em sua carta aos Romanos 5:8. O profeta Miquéias também mencionou a disposição de Deus em sempre querer nos perdoar “De novo terás compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.” Miquéias 7:19.
Uma comunidade verdadeira se faz com pessoas unidas e o crescimento da Igreja não depende do quanto evangelizamos somente, mas principalmente do quanto as pessoas percebem o quanto nos amamos.
Na graça e no amor de Cristo
CASM


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