terça-feira, 16 de junho de 2015

A arte da relação conjugal

Existem duas cerimonias que amo fazer no ministério pastoral, são elas: batismos e casamentos. Agradeço a Deus pela oportunidade de ter batizado nestes quase quinze anos de ministério pastoral muitas pessoas, e pelo privilégio de poder realizar cerimonias de casamentos. Estas datas são importantes na vida de qualquer pessoa. Se você já passou por uma delas gostaria que antes de continuar a leitura, que fizesse um esforço em sua memória para lembrar como foram estes eventos em sua vida. Não desejo falar sobre batismo neste momento, mas sim da relação conjugal.
Sempre digo na comunidade que sou pastor, que existem duas instituições mais atacadas no tempo em que vivemos são: a Igreja e a família. Nada mais é tão banalizado, criticado, do que estas instituições. Principalmente quando mantemos firmes nossa convicção de fé que cremos e tenho respaldo para tanto, de crer que o casamento é feito por duas pessoas de sexo diferentes, ou seja, por um homem e uma mulher. Por isso a Bíblia afirma: "Deixará o homem... e unirá a sua mulher"
Entendo que casar é fácil. Se der uma olhado nos dados do IBGE, perceberá que a cada ano existem mais casamentos sendo feitos. Hoje vemos pessoas que só conhecem numa noite na outra já marcam a data do casamento. Existem casais que em apenas três meses de relacionamento já estão morando juntos. Não quero afirmar que não possa dar certo, mas afirmo que a dificuldade será grande neste relacionamento. Casar é fácil, mas manter-se casado é uma tarefa que exige muito dos cônjuges, e este é o desafio, permanecer casado.
A maioria das pessoas entram na relação conjugal sem pensar nisto: "o que esta relação exige de mim?" ou "Qual a minha parte para que esta relação seja permanente?". Eu digo que a maioria entram com o seguinte pensamento: "se não der certo, separo", simples assim. Mas não é tão simples, até chegar neste ponto de divórcio, ambos se machucaram, e creio não ser esta a melhor solução. Creio que a melhor solução está em ter a consciência do que este relacionamento exige de mim enquanto pessoa. Vou ousar dar alguns conselhos sobre o que aprendi na minha relação com minha amada esposa Ana Paula, e também através de leituras de livros sobre este tema.
Em primeiro lugar, é ter a consciência que não existe casamento e família perfeita. Estamos buscando o tempo todo este alvo. E por não conseguirmos ser uma família sem problemas nos frustramos. A relação é formada por duas pessoas diferentes, que pensam, sentem e reagem de forma diferente. Até mesmo na maneira como ganham presentes. Sem contar na diferença entre homem e mulher que são naturais, ainda existem as diferenças de criação e outras mais. Como que a união destas pessoas não existirá em algum momento o conflito? Creio que será necessário aprender como resolver este conflito. Isto foi o que aprendemos na vida, resolvemos nosso conflito de forma saudável hoje. E parei de exigir perfeição comigo mesmo.
Em segundo, diria que é o desejo de permanecer casado, custe o que custar. Se perguntar a minha esposa quantos motivos ela tem para separar de mim, ela dirá muitos, mas ela a cada dia decidiu permanecer casada comigo. Todos temos motivos para deixar o trabalho, estudos, não concluir a pós graduação, deixar o sonho de lado. Mas devemos permanecer, existe um texto da Bíblia que gosto muito quando fala sobre persistência: "Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que ele promete." Hebreus 10:36 (NTLH). Muitos na verdade não tem a paciência de ver a relação amadurecer com o tempo, e por isso não desfrutam do melhor. Lembro da frase da minha mãe: "O casal precisar comer 7 kg de sal juntos, para ver o resultado desta união". Talvez você possa dizer que eu não conheço seu cônjuge, que é difícil suportar, mas sei que se você decidir permanecer casado, creio que a relação mudará com o tempo.
Agora completo meu pensamento sobre este tema, que uma vez que entende que o casamento não é perfeito, e decidi permanecer, não esqueça de assumir sua responsabilidade nesta relação. Como pastor, a maioria dos aconselhamentos que faço é sobre relacionamento conjugal. E sempre a reclamação é que o outro é o problema da relação. Mas quando oriento a olhar sobre a sua responsabilidade para que chegasse a este ponto e começar a mudar o que de fato consegue ser mudado, o casamento amadurece e continua firme. Queremos sempre mudar o outro, mas nunca iremos conseguir, temos poder de mudar somente a nós mesmos. Não posso mudar minha esposa, mas a decisão que tomei, foi mudar a mim mesmo. Existem atitudes que tinha antes, que hoje pela graça de Deus não tenho mais, e juntos estamos caminhando para continuar a construir uma relação cada dia melhor, mesmo sendo imperfeitos, mas contando com a ajuda de Deus e algumas decisões que tomamos juntos. Se precisar de ajuda neste tema, pode contar comigo meu e-mail pastoralbertomorais@gmail.com creio que a relação pode ser transformada!

Na graça e no amor de Cristo.

CASM

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